“César Monteiro É Caso De Limite Da Loucura!” / Alvim / 5 Para a Meia Noite
http://www.rtp.pt/blogs/programas/5meianoite/
“César Monteiro É Caso De Limite Da Loucura!” / Alvim / 5 Para a Meia Noite
http://www.rtp.pt/blogs/programas/5meianoite/
Entrevista de Ricardo Paulouro publicada na revista Textos e Pretexto Nº6
http://www.a23online.com/2009/08/10/jose-manuel-castanheira-o-dramaturgo-do-espaco/
Em 2002 fez a cenografia para o filme Vai e Vem de João César Monteiro. Quais são as principais diferenças entre a cenografia para teatro e cinema?
- Todas as artes do espectáculo vão beber à fonte mãe que é o teatro. O João César Monteiro um dia telefonou-me e convidou-me para trabalhar com ele neste seu filme. Foi uma experiência fabulosa. César Monteiro era um homem que sabia muito bem e criteriosamente o que queria. Uma das cenas do Vai e Vem passa-se na sala-biblioteca. César Monteiro era um homem que vivia rodeado de livros e de música. Quando projectámos essa biblioteca, tive de arranjar uns milhares de livros para encher todas as prateleiras. No entanto, para nosso espanto, o João César viu os livros um a um! E recusou mais de metade dos livros. Muitos não perceberam esta atitude. No entanto ela é perfeitamente legítima. Ele tinha de se sentir bem naquele espaço, não só no filme mas no dia a dia onde ele viveria uma série de dias, intensamente. Aquela biblioteca não era uma biblioteca a fingir, mas sim real. O problema resolveu-se com livros da casa dele, dispostos nos sítios mais estratégicos. O trabalho com César Monteiro foi para mim uma aprendizagem. Por exemplo, a compreensão e o tratamento da luz, a depuração, o extraordinário cuidado com a composição do espaço tornando-o o mais enxuto possível, em função do essencial. Estes são princípios nos quais eu acredito.
Silvestre
Directed by César Monteiro.
With Maria de Madeiros, Teresa Madruga, Luís Miguel Cintra
Portugal 1981, 35mm, color, 118 min. Portuguese with English subtitles
A bewitching combinatory adaptation of the Bluebeard tale and a 15th century Portuguese fable of a damsel who disguises herself as a knight errant, Silvestre is both radically feminist and fascinated with the dark, primal logic of the paternal order. Monteiro’s earliest collaboration with producer Paulo Branco was among his first to receive international acclaim, with special attention given to Silvestre’s daring use of deliberate artifice – front-projected backgrounds, extended freeze frames, theatrical performances – to capture the fatalistic rhythm and dream logic of myth.
Harvard Film Archive
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